Africanos sobram e vencem a 97ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre

31/12/2022

💻 Da redação/VaiCorrendo.com
*Com MBraga Comunicação

No último sábado de 2022, 31 de dezembro, os atletas africanos voltaram a vencer na Corrida Internacional de São Silvestre. Na 97ª edição da principal prova de rua da América Latina, Andrew Rotich, de Uganda, foi o campeão da disputa entre os homens, com o tempo de 44min43s para os 15 km por ruas e avenidas paulistas. No feminino, a estreante Catherine Reline, do Quênia, de apenas 20 anos, sobrou e venceu com folga no tempo de 49min39s. Os brasileiros também marcaram presença no pódio, com Fábio Jesus Correia (46min13s) e Jenifer Nascimento (54min02s), ambos com a quarta colocação.

Mais de 32 mil atletas largaram para a corrida mais tradicional do Brasil e que encerra o calendário de competições. Para destacar a edição, o dia ensolarado na capital paulista serviu de moldura para uma prova bastante interessante. Momentos antes da largada, as já tradicionais faixas, placas e cartazes continham mensagens e homenagens a Pelé, que faleceu na última quinta-feira. Mais uma vez, as ruas da capital paulista ganharam um colorido especial com tantos competidores.

Às 8h05, com 20ºC de temperatura, a prova masculina largou. Nos primeiros quilômetros, um pelotão de oito atletas começou a despontar. Entre eles três brasileiros e cinco africanos. No Km 6, Andrew já apresentava certa vantagem para os oponentes e não demorou para que o ugandense ampliasse a diferença. No oitavo quilômetro, ele já liderava, e via seus oponentes com menos ritmo.

A partir daí, o atleta de 22 anos não diminuiu o ritmo, e passou a se distanciar cada vez mais dos demais atletas. O africano não foi mais ameaçado e administrou os quilômetros finais para vencer pela primeira vez na São Silvestre, com 44min43. Joseph Panga, da Tanzania (45min17s) e Maxwell Rotich, de Uganda, (45min42s) ficaram em segundo e terceiro, respectivamente.

"Foi uma boa prova apesar do clima quente e úmido, Isso acabou me afetando um pouco. O percurso também tem muitas subidas e descidas e exigiu bastante. De qualquer forma, estou muito feliz com o resultado e, especialmente, por vencer na minha estreia aqui", destacou o vencedor, que este ano ainda ganhou duas meias maratona, na França e Holanda.

O baiano Fábio Jesus Correia foi o atleta nacional mais bem colocado entre os homens, completando na quarta colocação. E ficou feliz com o resultado, que não esperava. Além do pódio, Fábio também foi premiado pelo Assaí Atacadista com o valor de R$ 10 mil em vale-compras a serem usufruídos no período de um ano.

"A prova toda é bem difícil e ainda tem descida puxada no começo que exige muita atenção. Em certo momento da prova, percebi que estava bem e poderia andar junto com os africanos que estava na frente. No final, tive de força um pouco para garantir o quarto lugar", afirmou o atleta do São Paulo FC.

Feminino
Entre as mulheres, uma estreante de apenas 20 anos foi o destaque e não deu chances para as adversárias. Catherine Reline, impôs ritmo forte e desde a largada mostrou a que veio. A cada quilômetro via suas concorrentes ficarem para trás. E no Km 10 passou a liderar com folga, abrindo boa vantagem para as demais. Nem a experiente corredora Wude Yismer conseguiu acompanhar Catherine, que com tranquilidade liderou de forma absoluta. Com folga a queniana venceu a edição 2022 da São Silvestre, em sua estreia na Prova, com o tempo de 49min39s.

"Estou feliz com o resultado da minha primeira participação na São Silvestre. Meu maior desafio foram as subidas, confesso que tive dificuldades. Mas dei meu melhor e me mantive focada, pensando em não desistir, o que exigiu um esforço mental. Assim, conquistei esse importante resultado logo na minha estreia aqui", comemorou a jovem.

O pódio no feminino foi liderado pelas atletas africanas. Além da vitória da queniana, as etíopes Wude Yimer e Kebebush Yisma ficaram em segundo e terceiro. Jenifer Nascimento completou os 15 km em 54min02s, garantindo a quarta posição e mais um pódio na São Silvestre, seu segundo na Prova, já que em 2021, Jenifer ficou em terceiro.

"É sempre difícil enfrentar as africanas, elas são sempre muito fortes e com ritmo rápido. Mas consegui um pódio pela segunda vez seguida e estou muito feliz, tenho só que agradecer a todos que me ajudaram com este trabalho", comemorou a atleta de São Paulo, assim como Fábio, a corredora também faturou a premiação de R$ 10 mil em vale-compras da rede atacadista Assaí, para serem gastos no período de um ano.


Foto: Diogo Anhasco/Gazeta Press/MBraga Comunicação